terça-feira, 20 de agosto de 2013

Continuas a estar na minha casa.
Mais que na minha vida, mais que no meu coração, continuas ali.
Não são os cheiros, porque esses estiveram entranhados na colcha da cama e na manta do sofá, que nos aquecia, na Primavera fria, que tivemos, mas acabaram por desvanecer, tal como os teus sentimentos por mim. Estás na minha casa nos risos que me provocaste, e que ecoam, como sobras nos meus saudosos pensamentos. Ainda te ouço tantas vezes dizer o meu nome como diminutivo, enquanto me afagavas o cabelo enquanto eu, me deleitava em ti, naqueles momentos em que éramos  só um. Continuas ali, sentado, no nosso sofá, a falar comigo. Continuas a chegar já com pressa. Na chave do carocha que ficava sempre entre as almofadas do sofá ou debaixo da cama, quando te caíam dos calções. Continuas na minha casa porque não te deixo partir, daquele local mais recôndito da minha pessoa, do lugar onde custa sempre mais deixar-te ... em cada despedida, em cada ausência...

Continuas a estar na minha casa. (no coração, ali... em mim e no nós que eu construí sozinha)


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